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Meu nome é “Vintage”, mas pode chamar de Joana Seixo

Meu nome é “Vintage”, mas pode chamar de Joana Seixo

Apaixonada por moda e pela estética do passado, a portuguesa Joana Seixo viveu em Lisboa até praticamente os 38 anos. Hoje, aos 40, mora em Tomar, cidade do centro de Portugal, onde alterna seu tempo entre a venda de roupas online, as feiras de antiguidades, o “pastoreio” de suas quatro cabrinhas, Milano, Roma, Oliver e Nico, e de seus cães Bailey e Lira. 

“Desde que me lembro, sempre fui fascinada pelo antigo. Tenho um olhar curioso sobre os objetos e suas narrativas. Para mim, cada peça carrega uma história e vejo poesia até mesmo nos utensílios mais simples. Gosto de ter algo não apenas por sua utilidade, mas pelo encanto que transmite”, conta Joana. Sua relação com a moda começou ainda na infância, com a ajuda da sua tia-avó Celeste, que costurava os conjuntos de roupas para a miúda inspirada nos editoriais das revistas de supermodelos dos anos 90.

Já na vida adulta, Joana trabalhou como fotógrafa em uma agência de modelos infantis em Lisboa. Também mantinha um blog, algo que, na época, era inovador. “A blogosfera era um espaço pequeno e muito unido, mas em 2012 começou a crescer e a se tornar mais mainstream, o que foi uma experiência enriquecedora. Trabalhar com fotografia, marcas que adoro e viajar por conta disso sempre foi algo que me apaixonou”.

A decisão de sair de Lisboa começou a tomar forma em 2017, quando ela sentiu a necessidade de desacelerar e passar mais tempo no campo.  Em 2020, mudou-se definitivamente para o interior com seu namorado Hugo. “A pandemia apenas acelerou esse processo, mas a ideia já estava em mim. Escolhi a aldeia dos meus avós porque sempre foi meu lugar seguro, onde passei muitos verões da infância”, conta Joana.

Para ela, morar em Lisboa e em Tomar são experiências completamente diferentes. “Aproveitei ao máximo a agitação da capital, onde o clube Lux era praticamente minha segunda casa. Hoje, na aldeia próxima a Tomar, sou eu quem dita meu próprio ritmo”.

Apesar de não ter horários fixos, seu dia a dia na Aldeia é dinâmico. “Sou disciplinada, algo que talvez venha do meu signo, Capricórnio”. Além do trabalho com moda vintage e organização de feiras de antiguidades, agora, ela também é pastora, cuidando das suas quatro cabrinhas. “Sempre adorei bichos e eles fazem parte essencial da minha vida no campo. Meu trabalho e lazer se misturam, e isso é algo que me realiza”.

Sobre seus projetos profissionais, Joana conta que tem se dedicado a divulgação de seu perfil com conteúdo de moda no Instagram - @hellapebble. Também quer ampliar a visibilidade do vintage e planeja tornar o Hellascloset um projeto mais estruturado. “Quero participar de mais feiras, expandir minha plataforma e incentivar o consumo consciente. O vintage representa reaproveitamento e menos consumismo, além de carregar alma e singularidade. São peças feitas para durar, com história e identidade”, destaca.

A vida em poucas palavras:

  • O que não pode faltar numa casa portuguesa? Um sorriso e um bom café.
  • Que peça não pode faltar no guarda-roupa de verão? Um vestido branco fluído.
  • E no de inverno? Um bom casaco.
  • Comida favorita? Chocolate.
  • Café ou chá? Café!
  • Cor favorita? Rosa.
  • Estilo de música favorito? Rock.
  • Por que os 40 são a melhor fase da vida? Ainda temos a energia dos 30, mas com a maturidade certa para tomar as melhores decisões. Os 40 são libertadores!

 

Texto: Marcelo de Andrade

Fotos: Carol Lancelotti